Mau hálito: entenda o que é

A halitose, comumente conhecida como mau hálito, é uma condição anormal do hálito que o torna desagradável. Essa situação pode prejudicar a vida do indivíduo, afetando severamente sua autoestima, confiança e segurança. Além disso, pode comprometer as relações sociais e profissionais.

De acordo com a Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais, quatro em cada dez brasileiros sofrem do problema do mau hálito. Sua incidência na população é alta, e, diferente do que se ouve, essa condição não está sempre ligada a problemas estomacais. Sabe-se que de 80 a 90% dos casos de halitose possuem origem na boca.

Causas do mau hálito

Já são reconhecidas ao menos 40 causas para a halitose. A má higienização da boca é um agravante para o problema. Restos de alimentos podem ficar entre os dentes e presos à gengiva e à língua e, assim, contribuir para a proliferação de bactérias que causam o mau cheiro.

As bactérias presentes na boca são capazes de produzir compostos com odor desagradável. Por isso, se em condições de escovação deficiente, uso incorreto do fio dental e negligência na limpeza da língua, essas bactérias se reproduzem acima dos números normais, causando assim o mau hálito. Dessa forma, a técnica correta de higienização oral e alguns produtos podem prevenir ou combater esse problema.

Outro fator colaborador para a ocorrência da halitose é a saburra lingual. Camada branco-amarelada que se forma na superfície da língua, a saburra lingual é composta por restos de comida, bactérias e células descamadas da boca. É necessário que seja removida, uma vez que, acumulada no fundo da língua, se torna local para bactérias. Ali elas produzirão odores mau-cheirosos, cooperando para a intensificação da halitose.

Existem, ainda, outras causas para o problema, como diabetes, problemas nos pulmões, no intestino, nos rins. A deficiência de vitaminas, jejum prolongado, efeito colateral de medicamentos são também agravantes, dentre outras.

Prevenção do mau hálito

Sim. É possível evitar o mau hálito. Se alimentar de três em três horas para que não ocorra o jejum prolongado é uma das formas de prevenção. Fazer uma alimentação de qualidade também é importante, para a boa manutenção da saúde em geral. Alimentos muito salgados e quentes deixam a boca mais seca, o que pode causar halitose. Evite, ainda, alimentos como alho, cebola, frituras e refrigerantes.

Álcool e cigarros devem ser evitados. Danosos à saúde, eles provocam secura da cavidade oral, contribuindo para o agravamento do mau hálito.

Portanto, para se prevenir da halitose, as recomendações são: beba bastante água e mantenha uma higiene eficaz e regular da sua boca. A água evitará o ressecamento da cavidade bucal, diminuindo a possibilidade do mau cheiro. Já para a higienização, escove bem os dentes, use sempre fio dental após as refeições e não se esqueça de limpar a língua.

O diagnóstico e o tratamento

Muitas pessoas que sofrem da condição do mau hálito acabam não a percebendo. Por isso, algumas situações de constrangimento podem acabar acontecendo.

Se existe a dúvida sobre estar ou não com halitose, já avisamos: fazer o truque da concha com as mãos para respirar o ar que sai da boca não funcionará. Nosso nariz se acostuma com os odores após algum tempo.

A indicação é buscar um profissional. O dentista é um dos especialistas indicados para avaliar a situação, sua provável causa e, assim, a melhor forma de tratamento. Tudo pensado para reverter o quadro.

Atualmente, é possível realizar o exame de halimetria, que avalia o hálito do indivíduo. Esse procedimento nos ajuda a identificar a halitose, sua intensidade e se sua causa tem origem na boca ou é de ordem sistêmica. Por isso, é preciso procurar ajuda especializada para diagnosticar e eliminar esse problema.